Segundo estudo
Setor de biossoluções pode movimentar R$ 232 bilhões no Brasil até 2035
Desempenho estimado representaria um crescimento de mais de 200% em relação ao ano passado
Rural | 15 de Outubro de 2025 as 08h 23min
Fonte: Globo Rural

O mercado brasileiro de biossoluções tem potencial para movimentar até R$ 232,6 bilhões e gerar cerca de 276 mil empregos diretos e indiretos até 2035, contanto que sejam adotadas políticas adequadas, aponta relatório divulgado pela Amsterdam Data Collective (ADC) a pedido da Novonesis. Isso representaria um crescimento de mais de 200% em relação a 2024, quando o setor já empregava aproximadamente 95 mil pessoas com um impacto econômico estimado em R$ 77,9 bilhões.
No contexto mundial, a indústria de biossoluções tem potencial para movimentar até R$ 5,5 trilhões e gerar mais de 5 milhões de empregos até 2035. Em 2024, estima-se que havia 1,85 milhão de empregos diretos e indiretos vinculados ao setor no mundo, com um impacto econômico de quase R$ 2 trilhões.
Segundo o relatório, cada emprego criado no setor gera, em média, 1,6 posto adicional em setores correlatos no Brasil, e 2,4 no cenário global. Essa multiplicação de empregos evidencia, segundo a ADC, o potencial das biossoluções para impulsionar a economia e fomentar cadeias produtivas sustentáveis.
As biossoluções são produtos e tecnologias baseados em microrganismos, enzimas e proteínas que auxiliam na redução do desperdício de recursos naturais, na diminuição da dependência de combustíveis fósseis e no desenvolvimento de produtos inovadores em diversas áreas, como agricultura, pecuária, aquicultura, silvicultura, saúde preventiva, produção de alimentos e energia limpa.
Atualmente, elas já são aplicadas em mais de 30 indústrias. “Mas para liberar todo esse potencial, é necessário adotar regulações preparadas para o futuro”, afirma Ethel Laursen, presidente regional para a América Latina da Novonesis.
“Às vésperas da COP 30, o Brasil tem uma oportunidade única de se consolidar como líder global. O mundo pode olhar para o Brasil como referência, mas o sucesso depende de ações rápidas para superar barreiras-chave”, avalia Thiago Falda, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI).
Falda afirma que, com os instrumentos, talentos e políticas já em vigor, o Brasil está em uma posição única para liderar a transição global para biossoluções. Porém, em sua avaliação, para que o país mantenha esse protagonismo, será necessário avançar rapidamente na implementação de políticas públicas e regulamentações específicas, como a finalização da Estratégia Nacional de Bioeconomia, além de alinhar investimentos e incentivos na agricultura e indústria.
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