Case de Sucesso
Pesquisa aponta efeitos promissores da aplicação de calcário e gesso na produtividade da soja em Mato Grosso
Entre os indicadores avaliados estão a altura das plantas, número de grãos por vagem e produtividade final, além de análises laboratoriais relacionadas a clorofila, transpiração relativa e nutrição da planta
Rural | 04 de Setembro de 2025 as 15h 07min
Fonte: Fapemat

Um projeto experimental conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), avaliou o impacto da aplicação de calcário dolomítico e gesso agrícola na cultura da soja em área comercial no município de Sinop. Os primeiros resultados, obtidos na safra 2024/2025, mostram respostas já no primeiro ciclo de cultivo.
A pesquisa foi realizada em 64 parcelas experimentais, com diferentes combinações de doses de calcário e gesso, aplicados superficialmente antes da semeadura. A variedade utilizada foi a Olimpo IPRO (80i82), cultivada em sistema de plantio direto. O ciclo da soja teve início em 20 de outubro e foi concluído com a colheita em 6 de fevereiro, totalizando 109 dias.
O experimento faz parte da Cooperação nº 0251/2024 FAPEMAT/UFMT, Bolsa de Iniciação Científica (IC) da área de Ciências Agrárias conduzida pelo discente Luis Marciano Toniazzo Putton, e coordenado pelo professor Cassiano Spaziani Pereira, e teve como título, “Aplicação de Gesso Agrícola sobre os componentes de produtividade da cultura da soja".
Entre os indicadores avaliados estavam altura das plantas, diâmetro do caule, número de vagens, número de grãos por vagem, peso de mil grãos, produtividade final, além de análises laboratoriais relacionadas a clorofila, transpiração relativa e nutrição da planta.
Os principais resultados identificados foram:
A aplicação de calcário contribuiu para o aumento da produtividade já na primeira safra, indicando efeito imediato na correção da acidez do solo.
O uso de gesso agrícola elevou o peso médio dos grãos, associado à melhoria da qualidade do produto colhido.
Plantas que receberam gesso apresentaram tendência de maior altura, embora outras características morfológicas tenham variado menos.
O levantamento também registrou redução nos teores de cobre e ferro nas folhas em tratamentos com doses mais elevadas de calcário. O efeito está relacionado ao aumento do pH do solo, que pode diminuir a disponibilidade desses micronutrientes. O dado reforça a necessidade de monitoramento nutricional contínuo e uso equilibrado dos corretivos.
Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Cassiano Spaziani Pereira, ”os resultados sugerem que produtores da região, sobretudo em áreas de solos ácidos e baixa saturação por bases, podem se beneficiar da aplicação de calcário e gesso já a partir da primeira safra. No entanto, os efeitos mais consistentes desses insumos tendem a ocorrer de forma acumulativa ao longo dos anos, em função da interação gradual com o perfil do solo”.
O estudo integra um projeto de iniciação científica envolvendo estudantes de Agronomia da UFMT, sob orientação de professores e pesquisadores do campus de Sinop. A equipe pretende dar continuidade ao monitoramento nas próximas safras, avaliando a evolução da fertilidade do solo, a fisiologia da planta e a dinâmica de nutrientes.
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